Friday, January 8, 2010

A História da Lapa


Apenas um bairro no Rio de Janeiro pode agregar variadas manifestações musicais sem ofuscar gêneros e artistas. O local é a Lapa, no centro da cidade, onde fica a emblemática obra dos Arcos da Lapa. Palco para o lirismo das letras do samba, os acordes do som do nordeste e a modernidade da música eletrônica, todos convivem em perfeita harmonia nos bares espalhados pelas ruas Mem de Sá, Riachuelo e Lavradio.

Desde o início da década de 50, a Lapa já era um dos principais pontos de referência da vida noturna da cidade. O local, com seus famosos cabarés e restaurantes, era considerado a “Montmartre Carioca”, freqüentada pela fina flor dos artistas, intelectuais, políticos e diplomatas. Daquela época até hoje, a Lapa continua a pulsar. A Prefeitura do Rio já restaurou boa parte do bairro, que manteve quase intacta a arquitetura original dos prédios do início do século, a principal característica do lugar. Visualmente, o local é um banho de história, abrigando os centenários Arcos da Lapa, o Passeio Público, a Escola Nacional de Música e a Igreja de N. Sra. da Lapa são verdadeiros ícones do Rio Antigo.

Mas é quando a noite cai que a Lapa mostra porque já se firmou como atração cultural da cidade. A Sala Cecília Meirelles, considerada a melhor casa de concertos de música de câmera do Rio, divide a rua com o bar Asa Branca, onde o malandro vai procurar música popular e forró. Bares como o Semente e do Ernesto têm a manifestação mais carioca do samba, o chorinho. Para os fãs de rodas de samba, as dicas são o Emporium 100 e o Rio Scenarium, que durante o dia funcionam como antiquários. Os mesmos estilos musicais invadem também o Carioca da Gema, a Casa da Mãe Joana e o Dama da Noite.
As batidas do house, techno e outras nuances modernas, além de shows de grandes artistas da MPB, encontram espaço na Fundição Progresso, e não raro, em eventos promovidos ao ar livre, usando sempre um dos arcos como teto e cenário para as performances.

Ainda na mesma Lapa, restaurantes como Nova Capela, Manoel e Joaquim e Bar Brasil garantem a noite oferecendo boa gastronomia. De fato, é nesse espaço multicultural que o carioca reencontra suas origens e o turista faz um passeio pela história num dos mais preciosos conjuntos arquitetônicos do Rio de Janeiro.



Fonte:

http://www.rio.rj.gov.br/riotur/pt/atracao/?CodAtr=1406

3 comments:

  1. Olá Bom Ano. Fico fã dessa LAPA como também o sou da Lapa de Lisboa. Ainda o seguinte: O livro de Ruy Castro, "Rio de Janeiro Carnaval no fogo" foi incluído aqui em Portugal nos 10 melhores livros de uma década. É obra. Abç grande/grande para si.

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  2. Essa história da Lapa só tem meio e fim, cadê o início? Faço uma crítica construtiva, pois minha filha estava pesquisando para escola e quando eu falei do Visconde de Sabugora, Vice Rei do Brasil que construiu os Arcos da Lapa, e mencionei o comerciante português devoto de Nossa Senhora Da Lapa em Portugal que construiu uma capela de mesmo nome quando chegou aqui no Rio de Janeiro, minha filha me mostrou sua´página e disse que não falava nada disso, Eu não sabia que sabia tanto, reflita, falta ao menos um início, Por Quê se chama Lapa????

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  3. Perdão, Errata: Eu escrevi Visconde de Sabugosa e o corretor alterou errado; Minha filha achou que eu estava brincando ao mencionar o Sítio do Pica Pau Amarelo, mas o Visconde existiu, foi Vice Rei do Brasil e um dos responsáveis pela formação e ocupação dos bairros da Lapa e de Santa Teresa, não foi o único mas foi um dos mais importantes.

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